uma paralisação a partir de 1º de dezembro de 2024. A greve foi convocada como resposta direta ao fracasso nas negociações com a montadora, que envolvem temas delicados como redução de custos operacionais e o possível fechamento de unidades fabris.
O sindicato, que representa a maioria dos trabalhadores da Volkswagen no estado da Baixa Saxônia, tomou a decisão após meses de conversas infrutíferas com a empresa. Os principais pontos de discordância incluem a demanda por aumentos salariais e a resistência dos trabalhadores às propostas de encerramento de operações em algumas fábricas.
A Volkswagen sugeriu uma redução nos salários da ordem de 10%, justificando a necessidade de diminuir despesas para manter sua competitividade global em um cenário de intensificação da concorrência, especialmente com fabricantes chineses, e de retração na demanda europeia. A empresa também está analisando a possibilidade de encerrar atividades em determinadas plantas na Alemanha, algo sem precedentes na história de quase nove décadas da companhia.
Enquanto os trabalhadores expressaram disposição para considerar cortes em benefícios e salários, eles rejeitam veementemente qualquer plano que envolva fechamento de fábricas, argumentando que tal medida seria prejudicial não apenas para os empregados, mas também para as comunidades locais que dependem economicamente dessas unidades.
O movimento grevista, organizado pelo IG Metall, reflete a crescente tensão nas relações trabalhistas dentro da Volkswagen, em um momento em que a indústria automotiva enfrenta mudanças profundas impulsionadas por avanços tecnológicos, transição para veículos elétricos e novos padrões de consumo global. A paralisação deverá impactar significativamente as operações da montadora, caso uma solução não seja encontrada antes do prazo estabelecido.